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A Casa Assombrada A2.1

A horror story by Luís Almeida

Era uma noite escura e chuvosa. João e Maria eram irmãos. Eles decidiram explorar uma casa antiga na sua vila. A casa era grande e tinha muitas janelas quebradas. As portas rangiam com o vento. João tinha medo, mas Maria estava curiosa.

- Vamos entrar! - disse Maria.

João hesitou, mas seguiu Maria. Eles abriram a porta. A porta fez um barulho alto. Dentro da casa, tudo estava escuro e sujo. Havia teias de aranha em todos os cantos. Maria acendeu uma lanterna. A luz iluminou o corredor e eles viram fotos na parede. As fotos eram de uma família antiga. As pessoas pareciam tristes.

- Olha estas fotos! - disse Maria.

João olhou com atenção. Ele sentiu um arrepio na espinha. De repente, ouviram um barulho. Era um som de passos. Os irmãos pararam.

- O que foi isso? - perguntou João, com medo.

- Não sei, mas vamos descobrir! - respondeu Maria.

Eles seguiram o som. O barulho vinha do andar de cima. Com cuidado, subiram as escadas. As escadas eram velhas e rangiam. Quando chegaram ao andar de cima, o som parou. Era muito silencioso.

- Vamos ver o que está lá! - disse Maria, animada.

João estava nervoso, mas não queria ficar sozinho. Eles abriram uma porta. Era um quarto grande. Havia uma cama velha no meio do quarto. Em cima da cama, havia um livro. Maria pegou o livro e começou a ler.

- O que diz o livro? - perguntou João.

- Diz que esta casa é assombrada! - respondeu Maria, com os olhos grandes.

- Assombrada? Como assim? - perguntou João.

- Diz que uma menina viveu aqui. Ela desapareceu. Ninguém sabe onde ela está! - explicou Maria.

João sentiu medo. Ele olhou em volta. De repente, a porta do quarto fechou sozinha. Os irmãos ficaram parados. O medo tomou conta deles.

- O que fazemos agora? - perguntou João, tremendo.

- Precisamos sair daqui! - disse Maria, tentando abrir a porta.

Mas a porta estava trancada. Eles começaram a bater na porta, gritando por ajuda. Ninguém os ouviu. O silêncio era assustador. Então, ouviram uma risada. Era uma risada de criança. João e Maria olharam um para o outro, assustados.

- Quem está aí? - perguntou João, com a voz baixa.

A risada continuou. Então, uma sombra apareceu no canto do quarto. Era uma menina. Ela tinha cabelos longos e um vestido branco. O rosto dela era pálido. Ela olhou para João e Maria.

- Quem são vocês? - perguntou a menina.

- Nós somos João e Maria. Viemos explorar a casa - respondeu Maria, tentando parecer corajosa.

- Esta casa é minha! - disse a menina, com um sorriso triste.

- Você vive aqui? - perguntou João.

- Sim, mas estou sozinha. Ninguém vem aqui. - A menina olhou para eles com tristeza nos olhos.

- Por que você está sozinha? - perguntou Maria.

- Eu desapareci. Não posso sair da casa. - A menina começou a chorar.

João e Maria sentiram pena dela. Eles queriam ajudar, mas não sabiam como. A menina olhou para o livro na mão de Maria.

- Você leu o livro? - perguntou a menina.

- Sim, diz que você desapareceu. - respondeu Maria, preocupada.

- Preciso de um amigo. Se você me ajudar, eu posso sair. - disse a menina.

João e Maria olharam um para o outro. Eles queriam ajudar a menina, mas tinham medo. Maria respirou fundo e disse:

- Como podemos ajudar?

- Você precisa encontrar a chave. A chave está na caixa mágica. - disse a menina, apontando para um canto do quarto.

João e Maria foram até o canto. Encontraram uma caixa antiga. A caixa estava fechada. Maria tentou abrir, mas não conseguiu.

- Como abrimos a caixa? - perguntou João.

- A caixa só abre com um coração puro. - disse a menina.

Maria olhou para João. Eles eram amigos e tinham bons corações. Maria colocou a mão na caixa e fechou os olhos. Ela pensou em coisas boas, como a família e os amigos. A caixa começou a brilhar.

- Olha! - gritou João.

A caixa se abriu. Dentro, havia uma chave. Maria pegou a chave e deu-a à menina.

- Aqui está! - disse Maria.

A menina pegou a chave e sorriu. Ela abriu a porta do quarto. O medo de João desapareceu. A menina começou a desaparecer, mas antes disse:

- Obrigada! Agora estou livre!

João e Maria correram para fora da casa. Quando saíram, a chuva parou e a lua apareceu. Eles olharam para a casa e sentiram alívio. A casa não era mais assombrada.

- Fizemos uma boa ação! - disse João, sorrindo.

- Sim! - respondeu Maria. - Vamos para casa!

E assim, os irmãos voltaram para casa, felizes e seguros.