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A Casa do Lago A2.2

A horror story by Clara Mendes

Era uma vez uma pequena aldeia perto de um lago. Todos os habitantes da aldeia falavam sobre uma casa antiga perto da água. A casa estava vazia há muitos anos. Ninguém sabia quem viveu lá, mas todos diziam que era uma casa assombrada. As janelas estavam sempre fechadas e a porta estava sempre trancada. Ninguém ousava entrar.

Um dia, um grupo de amigos decidiu explorar a casa. Era um dia nublado e o vento soprava forte. Os amigos eram Maria, João, Ana e Pedro. Eles eram curiosos e queriam saber o que estava dentro da casa. "Vamos!" disse Maria. "Não podemos ter medo!" 

Os amigos caminharam até a casa. Quando chegaram, sentiram um frio. João olhou para a porta e disse: "Está trancada!" Mas Ana encontrou uma janela aberta. "Vamos entrar por aqui!" ela sugeriu. Os amigos concordaram e entraram pela janela.

Dentro da casa, tudo estava escuro e silencioso. As paredes eram velhas e havia teias de aranha em todos os lugares. Os amigos acenderam as lanternas e começaram a explorar. Encontraram móveis cobertos de poeira e fotos antigas na parede. As fotos mostravam uma família feliz, mas os rostos estavam esfumaçados.

"Que estranha!" disse Pedro. "Por que os rostos estão assim?" Maria respondeu, "Talvez a casa tenha um segredo. Vamos procurar!" 

Eles subiram as escadas rangentes. No andar de cima, encontraram um quarto com uma porta entreaberta. "Vamos ver o que há lá dentro!" disse Ana. Quando abriram a porta, viram um espelho grande. O espelho estava limpo, mas refletia algo estranho. No reflexo, não viam apenas a si mesmos, mas também uma sombra escura atrás deles.

"Olhem!" gritou João. "O que é aquilo?" A sombra parecia se mover. Os amigos sentiram medo. "Vamos sair daqui!" disse Pedro, mas a porta se fechou sozinha. Eles estavam presos!

A sombra começou a se aproximar. Os amigos gritaram, mas ninguém os ouviu. A sombra parecia ter olhos brilhantes que os observavam. Eles correram para o espelho, mas não podiam atravessar. "Temos que encontrar outra saída!" disse Maria. 

Eles correram para o corredor e encontraram outra porta. Ao abri-la, descobriram uma escada que descia para o porão. "Talvez possamos sair por aqui!" sugeriu Ana. Eles desceram rapidamente.

No porão, estava ainda mais escuro. Havia caixas e móveis velhos. Os amigos procuraram uma saída. De repente, ouviram um barulho. Era um som de riso baixo e macabro. "O que foi isso?" perguntou João, tremendo. "Não sei, mas devemos sair agora!" respondeu Pedro.

Eles correram até uma porta no fundo do porão. Ao abrir, encontraram um túnel escuro. "Vamos!" gritou Maria, e todos entraram. O túnel era apertado e úmido. Eles andaram rapidamente, mas o riso continuava a ecoar atrás deles.

Finalmente, chegaram a uma saída. Era um buraco na parede. Todos se espremeram e saíram para o ar livre. Estavam de volta ao lago! Olharam para trás e viram a casa. A sombra estava na janela, olhando para eles. 

"Nunca mais vamos voltar aqui!" disse Ana, ofegante. Os amigos concordaram e foram para a aldeia. No caminho, eles falavam sobre o que aconteceu. Ninguém acreditaria na história deles. Mas eles sabiam a verdade. A casa do lago era assombrada e a sombra ainda estava lá.

A partir desse dia, os amigos nunca voltaram à casa. Sempre que passavam pelo lago, olhavam para a casa antiga e sentiam um arrepio na espinha. A casa guardava um segredo, e eles não queriam descobrir mais nada. O lago estava calmo, mas a sombra sempre os observava, esperando por novos visitantes.