A Sombra na Aldeia A2.2
A European Portuguese horror story by Bárbara Silva
Era uma noite escura e tempestuosa na pequena aldeia de Salvaterra. O vento uivava como um lobo faminto, e a chuva batia com força nas janelas das casas de pedra. Dentro de uma dessas casas, uma velha mulher, chamada Iria, sentava-se perto do fogo, a tricotar. Iria era conhecida por todos na aldeia por suas histórias fantásticas e um pouco assustadoras.
Ela sempre dizia que as sombras tinham vida própria, que observavam tudo e todos. Ninguém na aldeia levava as suas palavras muito a sério, exceto as crianças, que evitavam sair à noite por causa dos seus contos de sombras e seres misteriosos. Mas, naquela noite, um frio estranho pairou na aldeia, diferente das noites frias habituais.
De repente, um estrondo enorme fez a velha Iria cair da cadeira. A porta da casa abriu-se com violência, deixando entrar um vento gelado que apagou o fogo da lareira. Iria, tremendo de medo, viu uma sombra alta e escura na entrada da sua casa. A sombra movia-se lentamente, aproximando-se dela. A velha tentou gritar, mas a sua voz falhou.
No meio da tempestade, a sombra parecia crescer, tornando-se cada vez mais ameaçadora. Iria apertou os olhos, com medo do que poderia ver. Era uma criatura escura, sem forma definida, apenas uma massa de sombras que parecia absorver a pouca luz que entrava pela porta e janela. Parecia sentir o seu medo e alimentava-se dele, como uma planta carnívora.
De repente, a sombra parou. Iria sentiu um arrepio na espinha. A criatura parecia estar a observá-la. Os seus olhos, se é que tinha olhos, pareciam brilhar no escuro, com um brilho sinistro. Iria fechou os olhos com força, rezando para que a criatura fosse embora. Mas a criatura não se mexia, continuava a observá-la. O seu silêncio era mais assustador do que qualquer grito.
Passou um tempo, que pareceu uma eternidade. Iria, sem conseguir suportar mais a tensão, abriu um olho e, cuidadosamente, olhou para a criatura. A sombra desaparecera. A porta estava fechada e o vento furioso tinha diminuído. Iria ficou sentada, tremula, o coração a bater forte no peito. A única prova do que tinha acontecido era um vento gelado persistente que continuava a circular na sua casa.
Na manhã seguinte, Iria contou a sua experiência aos habitantes da aldeia. Alguns riram, outros ficaram preocupados. Mas todos concordaram que aquela noite tinha sido diferente. Aquele frio e a sombra misteriosa deixaram uma marca na aldeia, que nunca mais foi a mesma. As crianças, agora mais assustadas, deixaram de brincar fora de casa ao anoitecer, e as suas histórias sobre sombras tornaram-se mais reais, mais terríveis.
Dias depois, começaram a acontecer coisas estranhas na aldeia. Objetos desapareciam de dentro das casas, portas e janelas abriam-se misteriosamente, e um frio constante invadia todos os recantos. Os moradores de Salvaterra começaram a sentir medo, medo das sombras que pairavam sobre eles, medo da escuridão que se instalava nos seus corações. Muitos culparam Iria e seus contos, mas Iria sabia que havia algo mais, algo mais sinistro que assombrava a sua aldeia.
Ninguém conseguia dormir em paz. Eram acordados por sussurros e sombras que dançavam nas paredes. Todos os moradores, de dia para dia, pareciam mais exaustos e assustados. O medo tornou-se um elemento constante nas suas vidas. A aldeia, outrora animada e alegre, tornou-se um lugar silencioso e sombrio, dominado pelo pavor das trevas e do desconhecido.
Um dia, enquanto Iria caminhava pela aldeia, viu uma criança a chorar perto da antiga igreja. A criança, João, dizia que tinha visto a sombra na floresta próxima. Iria decidiu investigar. Com o coração a bater forte, Iria adentrou na floresta escura. Ela seguiu as pegadas na terra húmida até um ponto onde a floresta era particularmente densa e escura.
No meio dos arbustos, Iria viu-a. Era uma grande árvore, antiga e retorcida. E nela, numa das suas raízes, estava esculpida uma imagem: uma criatura escura, parecida com a sombra que tinha visto na sua casa. Iria compreendeu tudo. A sombra não era um espírito maligno, mas a própria árvore, antiga e poderosa, a guardiã da floresta, que se alimentava do medo das pessoas e das suas energias negativas.
Iria voltou para a aldeia, e com a ajuda dos moradores, limparam a floresta, livrando-a de energias negativas, e a árvore antiga deixou de projetar as suas sombras ameaçadoras. A paz retornou para Salvaterra, mas a memória da noite escura e da sombra na aldeia permaneceu para sempre nos corações dos habitantes, como um lembrete do poder do medo e da importância de enfrentar as nossas próprias sombras internas.
Ela sempre dizia que as sombras tinham vida própria, que observavam tudo e todos. Ninguém na aldeia levava as suas palavras muito a sério, exceto as crianças, que evitavam sair à noite por causa dos seus contos de sombras e seres misteriosos. Mas, naquela noite, um frio estranho pairou na aldeia, diferente das noites frias habituais.
De repente, um estrondo enorme fez a velha Iria cair da cadeira. A porta da casa abriu-se com violência, deixando entrar um vento gelado que apagou o fogo da lareira. Iria, tremendo de medo, viu uma sombra alta e escura na entrada da sua casa. A sombra movia-se lentamente, aproximando-se dela. A velha tentou gritar, mas a sua voz falhou.
No meio da tempestade, a sombra parecia crescer, tornando-se cada vez mais ameaçadora. Iria apertou os olhos, com medo do que poderia ver. Era uma criatura escura, sem forma definida, apenas uma massa de sombras que parecia absorver a pouca luz que entrava pela porta e janela. Parecia sentir o seu medo e alimentava-se dele, como uma planta carnívora.
De repente, a sombra parou. Iria sentiu um arrepio na espinha. A criatura parecia estar a observá-la. Os seus olhos, se é que tinha olhos, pareciam brilhar no escuro, com um brilho sinistro. Iria fechou os olhos com força, rezando para que a criatura fosse embora. Mas a criatura não se mexia, continuava a observá-la. O seu silêncio era mais assustador do que qualquer grito.
Passou um tempo, que pareceu uma eternidade. Iria, sem conseguir suportar mais a tensão, abriu um olho e, cuidadosamente, olhou para a criatura. A sombra desaparecera. A porta estava fechada e o vento furioso tinha diminuído. Iria ficou sentada, tremula, o coração a bater forte no peito. A única prova do que tinha acontecido era um vento gelado persistente que continuava a circular na sua casa.
Na manhã seguinte, Iria contou a sua experiência aos habitantes da aldeia. Alguns riram, outros ficaram preocupados. Mas todos concordaram que aquela noite tinha sido diferente. Aquele frio e a sombra misteriosa deixaram uma marca na aldeia, que nunca mais foi a mesma. As crianças, agora mais assustadas, deixaram de brincar fora de casa ao anoitecer, e as suas histórias sobre sombras tornaram-se mais reais, mais terríveis.
Dias depois, começaram a acontecer coisas estranhas na aldeia. Objetos desapareciam de dentro das casas, portas e janelas abriam-se misteriosamente, e um frio constante invadia todos os recantos. Os moradores de Salvaterra começaram a sentir medo, medo das sombras que pairavam sobre eles, medo da escuridão que se instalava nos seus corações. Muitos culparam Iria e seus contos, mas Iria sabia que havia algo mais, algo mais sinistro que assombrava a sua aldeia.
Ninguém conseguia dormir em paz. Eram acordados por sussurros e sombras que dançavam nas paredes. Todos os moradores, de dia para dia, pareciam mais exaustos e assustados. O medo tornou-se um elemento constante nas suas vidas. A aldeia, outrora animada e alegre, tornou-se um lugar silencioso e sombrio, dominado pelo pavor das trevas e do desconhecido.
Um dia, enquanto Iria caminhava pela aldeia, viu uma criança a chorar perto da antiga igreja. A criança, João, dizia que tinha visto a sombra na floresta próxima. Iria decidiu investigar. Com o coração a bater forte, Iria adentrou na floresta escura. Ela seguiu as pegadas na terra húmida até um ponto onde a floresta era particularmente densa e escura.
No meio dos arbustos, Iria viu-a. Era uma grande árvore, antiga e retorcida. E nela, numa das suas raízes, estava esculpida uma imagem: uma criatura escura, parecida com a sombra que tinha visto na sua casa. Iria compreendeu tudo. A sombra não era um espírito maligno, mas a própria árvore, antiga e poderosa, a guardiã da floresta, que se alimentava do medo das pessoas e das suas energias negativas.
Iria voltou para a aldeia, e com a ajuda dos moradores, limparam a floresta, livrando-a de energias negativas, e a árvore antiga deixou de projetar as suas sombras ameaçadoras. A paz retornou para Salvaterra, mas a memória da noite escura e da sombra na aldeia permaneceu para sempre nos corações dos habitantes, como um lembrete do poder do medo e da importância de enfrentar as nossas próprias sombras internas.
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