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O Mistério da Casa Abandonada B1.2

A thriller story by Miguel Silva

  Era uma noite escura e tempestuosa quando João decidiu explorar a casa abandonada no final da rua.A casa tinha uma fama estranha; os vizinhos diziam que estava assombrada.Mas a curiosidade de João era maior que o medo.Ele pegou uma lanterna e saiu de casa, determinado a descobrir o que se escondia naquele lugar.

Ao chegar à casa, João sentiu um frio na espinha.As janelas estavam cobertas de poeira e as portas rangiam com o vento.Ele respirou fundo e empurrou a porta de madeira.Com um estalo, a porta se abriu, revelando um corredor escuro.

Dentro da casa, o silêncio era opressivo.João começou a andar lentamente, iluminando as paredes com a lanterna.Havia fotografias antigas penduradas, mas os rostos estavam borrados, como se alguém quisesse esconder a identidade das pessoas.Ele se perguntava quem havia vivido ali.

Enquanto explorava, João ouviu um barulho vindo do andar de cima.O coração começou a bater mais rápido.“É só o vento”, pensou ele, tentando se convencer.Mas a curiosidade o levou a subir as escadas.Cada passo ecoava, e a atmosfera tornava-se cada vez mais tensa.

No andar de cima, encontrou um quarto com a porta entreaberta.A luz da lanterna iluminou uma mesa coberta de poeira e uma cadeira caída.Mas o que chamou sua atenção foi um diário aberto em cima da mesa.Ele se aproximou e começou a ler as páginas amareladas.O diário pertencia a uma mulher chamada Clara, que viveu na casa há muitos anos.Clara falava sobre sonhos e esperanças, mas também mencionava uma presença estranha que a fazia sentir-se assustada.

De repente, João ouviu outro barulho, desta vez mais forte.Parecia alguém a andar.Ele se virou rapidamente, mas não viu ninguém.Com o coração acelerado, decidiu que era hora de ir embora.Mas quando se virou para a porta, ela estava fechada.Ele tentou empurrá-la, mas não se movia.O pânico começou a tomar conta dele.

“Calma, João”, disse ele para si mesmo.“Apenas respira.” Olhando ao redor, ele percebeu que havia uma janela.Talvez pudesse escapar por ali.Caminhou rapidamente até a janela, mas estava trancada.A sensação de estar preso aumentava a cada segundo.

Enquanto tentava abrir a janela, sentiu uma presença atrás dele.Virou-se lentamente e viu uma sombra na porta.Era uma figura alta, envolta em um manto escuro.A figura não se movia, mas a sua presença era suficiente para fazer João sentir um frio na barriga.

“Quem é você?” perguntou João, tentando manter a voz firme.A figura não respondeu.Em vez disso, começou a avançar lentamente em sua direção.João não sabia o que fazer.Ele estava preso, sem saída, e a figura parecia cada vez mais ameaçadora.

Então, lembrou-se do diário.A mulher que escreveu aquelas páginas tinha enfrentado seus medos.Ele precisava ser corajoso.Com um impulso de determinação, João gritou: “Eu não tenho medo de você!” A figura parou, e o silêncio tomou conta do quarto.

Para sua surpresa, a figura começou a desaparecer, como se a luz da lanterna estivesse a dissipá-la.João percebeu que a sombra era apenas uma manifestação do medo que ele sentia.Ele olhou para o diário novamente e decidiu que precisava concluir a leitura.

Com a luz da lanterna, voltou a ler.Clara falava sobre libertação e coragem.Ela havia encontrado uma forma de lidar com a presença que a assustava.Inspirado pelas palavras dela, João sentiu uma nova força.Ele tentou novamente abrir a porta, e desta vez, ela se abriu com um estalo.

João desceu as escadas rapidamente, mas antes de sair, olhou para trás.A casa, embora velha e sombria, agora parecia diferente.Ele havia enfrentado seus medos.Ao sair, prometeu a si mesmo que nunca mais deixaria o medo controlá-lo.

Naquela noite, enquanto caminhava para casa, João sentiu-se mais forte e mais corajoso.A aventura tinha mudado algo dentro dele.A casa abandonada não era mais um lugar de terror, mas sim um símbolo de superação.Ele sabia que, a partir daquele dia, enfrentaria qualquer desafio que a vida lhe apresentasse, sem medo.

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