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O Mistério da Pedra de Lissabon B2.2

A historical fiction story by Sofia Almeida

Era uma manhã ensolarada em Lisboa, no século XVIII. A cidade estava cheia de vida, com comerciantes a venderem os seus produtos nas ruas e marinheiros a contarem histórias de viagens longínquas. Entre eles, estava Miguel, um jovem arqueólogo apaixonado pela história da sua cidade. Desde criança, Miguel sonhava em descobrir um tesouro escondido que pudesse revelar segredos do passado.

Um dia, enquanto explorava uma zona antiga da cidade, Miguel encontrou uma pedra estranha, coberta de musgo e poeira. Era uma pedra de grandes dimensões, com inscrições que pareciam ser de outra época. Miguel sentiu um frio na espinha e, ao mesmo tempo, uma grande curiosidade. Decidiu levar a pedra para casa e estudá-la mais de perto.

Nas noites seguintes, Miguel dedicou-se a decifrar as inscrições. Depois de várias tentativas, conseguiu identificar algumas palavras que pareciam ser de uma língua antiga, possivelmente fenícia. A emoção tomou conta dele, pois acreditava que a pedra poderia estar ligada a um antigo templo que existira em Lisboa antes da chegada dos romanos.

Miguel começou a investigar a história da cidade e descobriu que havia lendas sobre um templo dedicado a uma deusa do mar, que atraía marinheiros de todas as partes. Diziam que quem conseguisse encontrar o templo teria acesso a um conhecimento profundo sobre os mares e os segredos que eles guardavam. Miguel estava determinado a seguir esta pista.

Com a ajuda de alguns amigos, decidiu organizar uma expedição para procurar o templo. Juntos, traçaram um mapa com base nas informações que Miguel tinha coletado. A expedição seria arriscada, pois teriam que atravessar áreas pouco conhecidas da cidade, antigas ruínas e até mesmo algumas florestas.

No dia da expedição, Miguel e os seus amigos acordaram cedo e prepararam-se para a jornada. Carregaram comida, água e algumas ferramentas, prontos para qualquer eventualidade. À medida que se aventuravam pela cidade, a excitação crescia. Cada esquina parecia esconder um novo mistério.

Após horas de caminhada, chegaram a uma área que parecia ter sido esquecida pelo tempo. Era um lugar tranquilo, cheio de vegetação e com um ar místico. Miguel sentiu que estavam perto do que procuravam. Com cuidado, começaram a escavar o solo, na esperança de encontrar vestígios do templo.

Depois de algum tempo, um dos amigos de Miguel, Ana, gritou de alegria. Tinha encontrado algo! Era uma estrutura de pedra, coberta de musgo, que parecia ter sido parte de um edifício. Miguel sentiu o coração acelerar. Com a ajuda de todos, começaram a limpar a área e logo perceberam que estavam diante de uma antiga entrada, adornada com símbolos semelhantes aos que encontrara na pedra.

A entrada levava a um túnel escuro e úmido. Miguel hesitou, mas a curiosidade foi mais forte. Com uma tocha acesa, entrou primeiro, seguido pelos seus amigos. O túnel era longo e estreito, mas a atmosfera era eletrizante. Ao chegarem ao final do túnel, encontraram uma câmara ampla, cheia de objetos antigos e relíquias. Era como se tivessem entrado em um mundo perdido.

Entre os objetos, Miguel encontrou um livro que parecia ser um diário de um antigo sacerdote do templo. As páginas estavam desgastadas, mas ele conseguiu ler algumas partes. O diário falava sobre os rituais realizados em honra da deusa do mar e os segredos do oceano que eram guardados naquele lugar.

Miguel e os seus amigos saíram do templo com a sensação de que tinham feito uma descoberta importante. Não apenas encontraram um pedaço da história de Lisboa, mas também perceberam que a curiosidade e a determinação podem levar a aventuras incríveis. A pedra que Miguel havia encontrado não era apenas um objeto, mas uma chave para o passado, e a sua vida nunca mais seria a mesma.

A partir desse dia, Miguel decidiu dedicar-se a estudar e preservar a história da sua cidade, para que as futuras gerações pudessem conhecer as maravilhas que ele e os seus amigos descobriram naquele dia inesquecível.